O valor mais significativo na conjuntura social consiste nos
valores externos. O indivíduo pode ter muito dinheiro, sucesso e independência,
muitos títulos, créditos e estrelas; deve fazer amigos, relacionamentos,
prazeres e risadas. No entanto, são os valores internos - ser, saber e querer -
que deveriam ocupar o tempo e a determinação das pessoas.
O atual modelo econômico e social, centrado no mercado de
consumo, é pautado em valores externos. Apesar da ampliada capacidade em se
comunicar e obter informações, há uma intencionalidade ideológica por traz
disso. Os valores interiores estão sufocados quando as pessoas são
condicionadas a dever, poder ou fazer algo que não é verdadeiro.
A aparente necessidade de relacionamentos e prazeres esconde
uma falsidade. O dever fazer está acima do querer fazer. O poder fazer é
imposto em vez de saber fazer. E dessa forma o ser digno, valorizado, está em
baixa. Contudo, são os valores subjetivos que tornam pessoas verdadeiras,
lembradas e reconhecidas.
É o momento oportuno de poder fazer algo: falar para todos
os cantos quem você é. Deve-se fazer ser valorizado. Os valores endógenos,
aperar de sua condição subjetiva e existencial, podem ser trazidos para fora
por meio da alegria e da verdade. A realização da condição de ser “humano”
depende inevitavelmente da condição de ser “valorizado”.
Fica a dica: JM.