
Fim de ano chegando, as estrelas do Natal piscando, ai vem aquele sentimento de caridade que nos faz até piscar os olhos de esperança e encher os pulmões de orgulho. “Quem sabe se aqueles chinelos velhos que meus filhos não querem mais usar servirão para alguém que não pode comprar”. É este tipo de bondade que mais encontramos em esplendor pelas esquinas. Parece uma doença genética, no entanto não é. Um simples gesto ou a frase “não tenho necessidade” ajudaria muito mais quem precisa. Infelizmente muitos projetos da assistência social, do governo ou de entidades filantrópicas, com finalidade específica e ações continuadas, exemplo Bolsa Família, acabam indo para pessoas que não necessitam. Às vezes por conivência de um amigo, de um parente ou pela insistência do dito cujo que não tem um “pingo” de amor fraternal. Tem uns que dizem assim: “ah! fulano recebe”; outra dessa forma: “se beltrano pode receber porque eu não posso?”. Isso não só acontece em Acajutiba, nem também só com a Bolsa Família, em todos os programas sociais existirão pessoas que se servirão indevidamente. Não quero que aqueles que de “boa fé” recebem o benefício social se sintam mal, no entanto, ainda dá tempo de ser verdadeiramente benevolente. Não falta é pré-candidato a vereador usuário do cartão amarelo, que às vezes vai para Aporá para sacar o dinheiro, dizendo que vai ajudar as pessoas mais carentes. Por fim, sugiro uma meta para 2012: “Vou ajudar a quem precisa da forma correta, vou sair do programa social cujo perfil não possuo”. Resta-me apenas orar para que isso se faça realidade.